Resenha: A Esperança, Suzanne Collins.





Jogos Vorazes: A Esperança | Tradutor: Alexandre D'Elia
Páginas: 421 | Editora: ROCCO Jovens Leitores 




"𝑆𝑒 𝑛𝑜́𝑠 𝑞𝑢𝑒𝑖𝑚𝑎𝑟𝑚𝑜𝑠, 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑞𝑢𝑒𝑖𝑚𝑎𝑟𝑎́ 𝑐𝑜𝑛𝑜𝑠𝑐𝑜!"


A Esperança foi um livro que mexeu muito comigo. Tanto pelos fatos que aconteceram como também pela intensidade como foram descritos. É o livro final, portanto tudo que estava em aberto precisava ser fechado, as máscaras precisavam cair e as coisas deveriam fazer sentido para termos um bom final. É exatamente o que acontece.

Nesse livro conhecemos a Presidente Coin e o Distrito 13, descobrimos como sobreviveram todo esse tempo no subterrâneo e como a ideia de revolução foi crescendo ali. 

Eu gosto muito de histórias com viés político, porque é um assunto que me interessa muito. Em Jogos Vorazes temos uma discussão política muito forte - O governo autoritário e repressivo, o contraste da Capital com alguns distritos, como os Jogos eram usados como entretenimento para Panem e basicamente tudo o que compõe esse mundo. 

Além disso, a presença da desigualdade social e repressão é evidente, desde o primeiro livro. É uma história revolucionária, do tipo que nos transforma e nos faz ter outra visão a respeito de certos assuntos. Katniss é o Tordo, o rosto da revolução, a garota que acendeu uma faísca sem a menor intenção e de certa forma, tem o destino desse mundo toda em suas costas.

Em certos momentos, eu me vi perdida na história, enrolada até não poder mais na trama e desejando que as coisas se resolvessem. Ao mesmo tempo, eu não queria que acabasse, pois sabia o que significaria; portanto apenas dizer que houveram mortes de personagens e reviravoltas parece simples, quando ao ler eu estava tão angustiada por quem partiu e ficando louca pelas mudanças na história. Porém, não é um livro rápido. Temos metade do livro envolto de detalhes, planos, estratégias, diálogos e novos conhecimentos. A ação fica na segunda parte e é como se a primeira estivesse preparando o terreno para o que viria a seguir. 

O desfecho é magnífico, o sentimento desesperador durante o final enquanto as coisas mudavam nos 45 do segundo tempo me deixou sem fôlego; e mesmo depois de ter finalizado, passei dias refletindo e pensando no que tinha sido essa história. Esse livro se tornou meu favorito. 

O título reflete bem o que desejei no final da história para esses personagens, depois de todas as tragédias que passaram, esperança era mais do que devido à eles.

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